Senhoras e Senhores depois de quase 2
meses estou de volta, firme e forte! Acabei não tendo tempo por investir em
coisas não muito merecedoras na minha vida, batalhei, sofri, me reergui, mas
aprendi. Tenho que aprender antes de ensinar não é? Pois aqui estou...
Este tema é um tanto quanto comum, e na
verdade, as pessoas de boa conduta já sabem a resposta dela. Difícil mesmo é
praticá-la, tão difícil quanto ouvir uma música e não vir pensamentos e
lembranças (pesado não é?). Mas, acredito que uma boa conscientização pode lhe
ajudar a fazer coisas que muitas pessoas se rendem a não fazer e dizem ser
impossível. Tudo se trata de reeducar a mente e entender conceitos. Então vamos
detalhar da maneira mais resumida possível.
Falar é o ato de pronunciar palavras,
fazer declarações.
Pensar é formar ideias, refletir,
raciocinar.
Percebo que você já está mais
inteligente. Quero focar a fala, que literalmente é pronunciada após o
pensamento (por mais que sejam inúteis). Como dizia um cara da internet:
“Penso, logo xingo”. Essa é a tendência natural do ser humano que vive sem
limites (educação). Vou descrever a “fala” figurativamente como “língua” pra
facilitar o entendimento e te mostrar quem ela é e o que pode fazer.
A língua é contaminada de soberba, não
importa o quanto você seja santarrão. Ela se gaba e na primeira oportunidade, e
mesmo que sutilmente, rebaixa os outros. Através dela todo o corpo é capaz de
adoecer e curar. Há poder para destruir e salvar. É tão poderosa que levanta e
abaixa autoestima, faz dias serem belos ou horríveis. Dá princípio a guerras e
sela a paz. Inicia o amor, determina o ódio. Destrói famílias, amizades,
namoros e casamentos, da mesma maneira que pode construir. Dá sentido à vida,
tira toda a razão de viver. As palavras são tão poderosas que às vezes
parecemos totalmente imerecedores delas.
Com a língua, protegemos coisas que não
deveríamos e ofendemos pessoas que não mereciam. Então nos tornamos, mesmo sem
intenção, naquilo que ofendemos ou protegemos. Em outras palavras, somos reféns
de nossa própria língua.
Uma das piores características da língua,
englobando o pensamento, é o papel que ela tem de vender imagem, fazer
marketing. Falamos de nós sempre aumentando e sobre os outros diminuindo,
talvez até mentindo sobre tal. Bonitão, não se esqueça que aumentar a verdade
ou enfeitá-la é simplesmente mentir, nada mais nada menos que isso. E a língua
está sempre naturalmente trabalhando nesse sentido, na imagem que os outros têm
de si. A língua é um campo neutro, com grande espaço de poder para o bem e para
o mal, para felicidade e para tristeza. Nela procede seus pensamentos e
determina a qualidade de vida que o seu dia terá.
Focando a pergunta: O que pensam/falam de
mim, importa?
Bom, se você percebeu que há tanto poder
nas palavras e pensamentos, atente-se a outras perguntas: Por que eu permitiria
que palavras alheias moldassem minhas atitudes?
As pessoas são boas? Todas elas me amam? Desejam o meu bem? Conhecem meus motivos? Quais delas realmente se importam mais comigo do que sua própria imagem? (Esqueça sua imagem!).
As pessoas são boas? Todas elas me amam? Desejam o meu bem? Conhecem meus motivos? Quais delas realmente se importam mais comigo do que sua própria imagem? (Esqueça sua imagem!).
Você não é o que os outros dizem nem o
que pensam de você. Entregar aos outros o poder de dizerem algo a seu respeito
só acontece quando não se tem noção de quem você é, nem para que veio ou porque
vive. Não tem um propósito e atenta muito mais ao que dizem, mesmo que seja uma
mentira. Faça um favor a si mesmo, descreia da visão apaixonada que lhe faz ver
pessoas como seres perfeitos. “Ah, mas não acho que eles são”, você diz. Então
porque o julgamento deles tem tanto peso na sua vida? Afinal, pessoas
imperfeitas não fazem julgamentos perfeitos, nem críticas perfeitas, nem falam
sobre você o que precisa ou gostaria de ouvir.
Quer abrir mão de viver? Continue dando
valor ao que pensam e dizem a seu respeito. Quer ser feliz? Pegue a opinião
alheia e carimbe um “DANE-SE” gigantesco. Porque alguns momentos são
imperdíveis, outros não-renováveis, muitos talvez nunca mais aconteçam e eles
são preciosos e rápidos demais para você parar pra pensar no que os outros irão
pensar de você.
Somos
o que protegemos e defendemos. Você quer ser você ou apenas uma imagem?