Existe algo
mais banalizado?
Certa
vez perguntei a algumas pessoas “o que é amor?”.
Algumas
não, várias! Sinceramente as respostas não me convenceram, apesar de que,
acredito que não exista uma definição única.
Um
deles disse: “amor é chegar perto de
alguém e sentir um frio na barriga”.
Outro
disse: “ficar com as pernas bambas quando
você fica na frente da pessoa”.
Coisas
como ficar sem palavras etc. e etc.
A
última vez que fiquei tão insatisfeito foi quando descobri que a décima
temporada de FRIENDS era a última. A resposta foi tão “pequena” que cheguei a
dizer que se isso era amor, eu senti amor quando fui fazer o “número dois” no
banheiro da escola depois de ter comido um bobó de camarão (bem brasileiro
não?!). Porém, pedi dispensa e fui pra casa, o caminho nunca foi tão longo! Só
quero dizer que, isso são sensações (comportamentos respondentes) interagindo
com situações não muito frequentes (habituadas).
Depois
disso o famoso clichê: “amor é uma coisa
que você sente e não dá para explicar.”
Talvez
até tenha razão, em partes. Quando ouvi essas respostas logo me veio um dos pensamentos
mais profundos de minha inusitada vida: “Que
resposta medíocre”.
Típica
resposta aceitável para quem não tem interesse em saber nada da vida, pouca
qualidade, pouco valor. Não digo que está errado, mas isso basta pra você?
Se
soubessem que frio na barriga é sensação de medo e insegurança tanto quanto
bambear as pernas, jamais dariam tais respostas.
Como
de costume, colocarei uma visão pessoal sobre o assunto. É claro, seguido de
estudos, pesquisas e experiências intensivas. E também algumas coisas que
percebi sobre amor vendo/estudando pessoas amorosas. Não há definição única, mas tem qualidades evidentes. Tomei nota de algumas
características.
Quem
ama:
1º - Sofre
Impossível
uma pessoa amar outra, em qualquer tipo de relação, e não sofrer. Seja em
família, namoro ou amizade. O amor exige que você confie e tenha uma relação de
bem-estar, querendo ou não alguém sofre. Incrível é a maneira em que a
superação do sofrimento faz o amor crescer e amadurecer.
2° - Não
inveja
Difícil
uma pessoa amorosa ter inveja. Se consegue amar alguém, é evidente que a priori amou a si próprio. Quando digo
“não ter inveja” quero dizer valorizar o que tem e fazer disso o melhor da
vida, ao invés de visualizar o que outros tem e imaginar o quanto seria bom se o
tivesse.
Valorize,
enxergue e ame o que é seu. Se olhar pertences alheios e o desejar, tudo que é
seu perderá o valor diante de seus olhos, até mesmo o amor próprio.
Seria
aquela velha história, “do vizinho é sempre melhor”.
3º - Não
busca interesses próprios.
É
cansativo ver relações interpessoais, principalmente entre casais, em que a felicidade
do outro é sempre uma troca. Coisas básicas como:
Só
deixar a namorada sair se saiu primeiro (vice-versa).
Revezamento
para pagar o jantar ou a saída básica.
Erros
cometidos dão direitos para o outro cometer um erro (ou o mesmo).
Absurdo!
Parece um tipo de dívida imaginária. Consegue ver amor nisso? (Se respondeu
‘não’ ponto pra você.)
Ter
uma relação assim é inútil. Chega a ser ridículo!
Pessoas
assim não entendem que se arrepender e pedir perdão faz amadurecer, e que perdoar
fortalece o amor. Nem percebe que pagar o jantar é uma das formas mais belas do
homem sentir que cuida de sua mulher. E que a vingança – ou “direitos iguais” entenda
como quiser– é a arma mais letal para o amor e o gelo que esfria o calor da
paixão.
Se
você realmente ama, sua maior necessidade é ver o outro feliz e sorrindo, ou
pelo menos torcer para que isso aconteça. ISSO NÃO PODE SER UMA TROCA! Amar é
doar-se.
4° - Espera e
suporta
O
maior exemplo que consigo me lembrar agora é o casamento. Você conhece o
juramento.
“Na
saúde e na doença, na alegria e na tristeza, na riqueza e na pobreza...”
Em
pleno século XXI, casamentos têm sido feitos apenas na saúde, na alegria e na
riqueza. Na doença, na tristeza e na pobreza, o divórcio. Pular fora, trair, se
acovardar, pedir bens, abandonar. Enfim, por que se casam?
Dentre
as hipóteses, a mais razoável e complexa, é que não sabem o que estão fazendo. Talvez
pensassem que amar é sentir um frio na barriga e as pernas bambearem, porém,
sensações vêm e vão. Entenda que o amor, diferente da atração, é uma escolha.
Você diz “sim”, mas tem a opção de dizer “não”. Tanto no casamento como em
qualquer outra relação, o amor começa na “decisão”.
Se
quiser ter uma relação amorosa, duradoura e saudável não baseie sua relação nas
sensações, mas na firmeza da sua decisão e persista. Só assim perceberá que a
felicidade procede à superação de problemas, que ser fiel e não desistir pode
dar a vocês o poder de sentir todas as emoções e dizer “Nós vencemos”.
Pense
e tire suas conclusões.
Gustavo
Vinícius
Mais um texto rico, coerente e inteligente!
ResponderExcluirConcordo com suas palavras!
Orgulho-me de ser tua amiga!
Beijos poéticos na alma!
O prazer é todo meu Lúcia :)
ExcluirObg!
bjo's
Olá. Tudo bem Gustavo? Tomei a liberdade de achar seu texto no site textolivre.com, e postei em meu blog pessoal http://www.erigleisson.alves.nom.br/ e segui também seu blog. Peço-lhe permissão de fazer parte de seu blog. Abraços.
ResponderExcluirEstou ótimo Erig, e você? Não há problemas. Fico feliz por ter repassado em seu blog. Seja muito bem-vindo!
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