Certa vez um alguém me perguntou: “como
é ser escritor (...)”. E antes que eu respondesse, acrescentou: “em uma
sociedade onde escritores não são valorizados?”. Eu respondi: “Bom, depende do
que você chama de valor”. E assim desenrolamos uma conversa. É claro que minha
resposta vai ser transcrita nesse pequeno texto.
Levo e levei muito
tempo para perceber quem sou, o que sinto e o que faço. E também, observando quem
as pessoas são, como se sentem e o que fazem. Em tudo há um significado, ainda
que subjetivo, e mesmo que elas não estejam conscientes dele.
Já vi e ouvi muitas
pessoas sorrirem, chorarem, se entristecerem e se alegrarem lendo meus textos, minhas
poesias. Já me disseram que encontraram sentido na vida, e forças para agir,
dizer que ama, falar que odeia, ser ele mesmo, pedir perdão... São tantas variações.
Eu raramente digo que
sou poeta, as pessoas é que me chamam assim, e eu respeito a necessidade que
elas têm de colocar definições. Minha maior felicidade, e isso é o que tem
valor para mim, é saber que ao ler minhas palavras as pessoas enxergam, em
pouco tempo, o que levei tempos e tempos para descobrir. Eu costumo criar
espelhos, e fico feliz quando as pessoas conseguem se enxergar neles.
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